Quando estava na ativa na Convenção Batista Nacional do Estado de Rondônia, eu fui relator de uma comissão que tinha por finalidade analisar os ‘novos’ métodos que as igrejas estavam começando a implantar em suas atividades. Hoje, aquilo que estava iniciando já está ‘consolidado’ em muitas igrejas.
O método nada é além de um meio circunstancial e momentâneo. Esta foi a conclusão do parecer da dita comissão que fiz parte, tanto é, que não elegemos em nosso parecer nenhum método, nenhum modelo. Ficou restrito a escolha das igrejas locais, levando em consideração o respeito às doutrinas, princípios e práticas da Convenção.
Mas hoje, fico preocupado pelo fato de perceber que existe um ‘foco’, uma ‘busca’, uma ‘perseguição’ ao método. De um lado estão aqueles que advogam como melhor, como a última revelação, como a última ‘novidade’ em crescimento e sucesso de igreja. De outro aqueles que não querem nenhum método, nenhum trabalho, nenhuma atividade.
Nesta ‘briga’ sobre se devemos ou não usar o método, eu trago um humilde parecer sobre método e crescimento de igreja.
1). Assim como na história da Igreja em dois milênios os método vieram e passaram, os métodos atualmente utilizado pela igreja serão sepultados.
2). Todo método em qualquer organização se desgasta. Os métodos na igreja também se desgastarão.
3). Quando o método vira um fim-em-si-mesmo é porque a Palavra já virou meio de vida, no meio das coisas.
4). A luz do NT os métodos eram apenas meios circunstanciais e momentâneos, mudava conforme a necessidade, e não conforme a década e a moda.
5). A fixação em métodos e a fixação dos métodos revelam a falta de conteúdo da Palavra e a cobiça do crescimento. É megalomania vazia. No Brasil—como na maior parte do mundo—, o crescimento da “igreja” é apenas um concurso para ver quem tem a maior igreja. Coisa de menino.
6). Provar a eficácia do método ou a aprovação de Deus apenas pelo crescimento numérico não é confiável nem aconselhável. Se o critério for esse, então VIVA o Islã!
7). O crescimento numérico também é validado pelas Escrituras, mas não à custa da Palavra de Deus. O que temos visto em muitos destes segmentos modelados e enfatizado pela Teologia do Crescimento da Igreja é o sacrifício da Palavra, (e temos tantas provas), em prol do crescimento.
8). A criação de pacotes, sacraliza os meios e corrompe a Palavra, que fica subordinada aos meios.
9). Os atuais vendedores de métodos são como os vendedores de aparelhos hospitalares que conseguem fazer o paciente se sentir bem por estar ligado aos aparelhos, mas nunca recebe alta. Sempre estão surgindo uma máquina nova e saindo uma máquina velha.
10). O que assistimos hoje é uma “igreja” no CTI e que está feliz com a modernidade das máquinas e tubos que a mantêm artificialmente viva.
eu era assim. critico de metodos de crescimento. mas enquanto criticava minha vida e minha familia se tornava cética cada vez mais. estava desmoronando e eu nem percebia por causa do meu orgulho e meu "conhecimento" de Deus. metodos é apenas uma ferramenta para a missao da Igreja, quem da o crescimento é Deus.
ResponderExcluirMetodos?
ResponderExcluirmuito bom quando nao se tem coragem de ler e estudar a biblia.
E voce irmao que escreveu esse comentario anterior deveria aproveitar bem esse momento de "felicidade e de solidez" da sua familia e esperar por um novo aparelho pois esse pode estar vencendo e ficando ultra passado
kkkkkkkkkkk...
ResponderExcluirBoa provocação ao diálogo Pedro, parabéns!!!!
Pr. Devanir A. Santos
Me preocupo com situações como esta, de um lado ficam os "analisadores", lá no alto do monte olimpo do conhecimento, fortes, desinteressados na normalidade,criticos, céticos, são ditadores da verdade, qualquer coisa que fujo do seu apurado senso de verdade automaticamente é descartado...
ResponderExcluirDo outro lado, estão uma maiorira alienada, desorientada e a espera do proximo prato de comida, até sabem onde escontrar a solução, mas a preguiça de pensar os impede de fazer alguma coisa, esperar se torna a melhor pedida.
ResponderExcluirOlhando por esse lado, nao teriamos a solução, os "intelectuais, dono da verdade" não deveriam agir sobre o problema que eles tão bem diagnosticaram? mas parece que tanto "conhecimento" só serviu para que, assim como a massa manipulada, a estagnação se instale, a diferença está na "qualidade da justificativa"
Ambos os lados estão mortos em si mesmo, a diferença é que um desses lados sabem se justificar "teologicamente".
ResponderExcluirAo meu ver, a igreja está cheia de criticos e analisadores, ao passo que está vazia de pessoas que fazem a diferença.
Creio que não existem 'intelectuais', nem 'donos da verdade'. Existe sim, pessoas que são donas de si mesmo, quem tem direção e consciência própria, estão vivos como seres humanos e não precisam serem 'entubados' para fingirem uma respiração espiritual, através das máquinas dos métodos de crescimento forjado, copiado e modelado a partir dos seminários de treinamento de potencial humano das empresas.
ResponderExcluiré um bom texto...
ResponderExcluirMeu pensamento a respeito, se volta ao Reino de Deus instalado por Cristo "É chegado o Reino de Deus". E mais, "o evangelho do Reino será pregado em todo o mundo" -parafraseando. Acredito que os métodos são formas de atingir a massa. JESUS ERA CERCADO PELAS MASSAS, pregava a elas, curava, alimentava, mas em alguns momentos se retirava delas, ou até mesmo fugia delas, quando queriam coroá-lo rei terreno e não Rei Soberano e Salvador. Jesus falava de um Reino Divino cheio de graça e verdade, a própria vida eterna impera neste Reino. No entanto, JESUS DEDICAVA MAIOR TEMPO AO DISCIPULADO de alguns discípulos e apóstolos e dentre estes, 3 três deles eram mais próximos do Mestre. Esta prioriade haveria de continuar a obra proposta. A MASSA É IMPORTANTE, MAS O DISCIPULADO É PRIORIDADE. No meu ponto de vista, os dois são necessários. A PARTIR DA MASSA PARA O INDIVIDUAL. Isto acontece, quando pregamos em rádio, tv, internet, feiras, praças, congressos, encontros, etc. Mas o que vai ser sempre excelente será fazer discípulos, ensinando todas as coisas que vos tenho mandado. Batizando-os em nome do PAi, Filho e Espírito Santo. Me recordo quando Billy Grahan esteve no Brasil, uma equipe enorme fez evangelismo pessoal e no país considerado católico os missionários perguntavam, "vocÊs aceitam Jesus como Salvador"- e lógico que todos aceitam. Isto era massa. Mas quando os pastores brasileiros recebiam as fichas e iam visitá-los, não havia tido uma conversão, ou melhor, entrega de suas vidas ao Senhor e Salvador Jesus. Eles como a massa que seguia Jesus, O considerava, mas não queriam se doar a Ele como Senhor Soberano de suas vidas. Mas não foi em vão, muitos (percentual) o fizeram e destes muitos são pastores e missionários. Uma minoria ontem que hoje alcançam novas massas e novos discípulos. Daniel Santos (Embaixador do Rei Jesus)
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