quarta-feira, 23 de maio de 2012

‘DESIGREJAMENTO’ – A CASA DO PAI CADA VEZ MAIS VAZIA NO BRASIL



Estamos presenciando o fenômeno do desigrejamento; ou seja: gente da “igreja”, mas que, agora, não conseguem nem mais passar na rua da “igreja”. Este fenômeno já foi detectado pelo IBGE. Já somam cerca de 14% o número de brasileiros que se dizem evangélicos, porém não fazem parte de nenhuma igreja instituída. São uma espécie de ‘evangélicos não praticantes’, como acontecia com a Igreja Católica, década atrás, atualmente está acontecendo com a Igreja Evangélica. São pessoas que estão descontentes com a “igreja templo” e prefere sair a confrontar.

Esse desigrejamento que vem acontecendo há pelo menos duas décadas é fruto dos novos “movimentos”, surgidos na igreja evangélica brasileira nos idos de 90, a saber: os movimentos de “crescimento de igreja”, e, sobretudo, dos movimentos Neopentecostais que tiveram na IURD seu berço nacional, mas que se expandiu por quase todas as “igrejas”, exceto algumas “históricas”.

Ao longo dos anos ficou claro que os que pensam, não suportariam aquele surto muito tempo. O superficialismo dos púlpitos custa caro.

Também era óbvio que os enganos apareceriam em meio às inevitáveis frustrações, às doenças que não ficariam curadas pelas “determinações”, às falências não impedidas pelas “palavras rehma”; bem como pelos objetivos financeiros não alcançados pelas muitas correntes; isto sem falar nos inúmeros escândalos financeiros e sexuais, como também pela riqueza escancarada e exacerbada dos “Senhores de Engenho Eclesiástico”.

A miséria disso tudo é que muitos desses “desigrejados” estão se entregando ao cinismo em relação a tudo. Estão magoadas, quase incuráveis, vítimas que foram dessa desgraça que nos assola implacavelmente.

Todavia Deus em sua infinita graça tem levado a muitos a encontrar o verdadeiro Evangelho e milhares também vêm sendo reagrupadas em fé simples.

Espero que, os que saíram como eu, não vivas para sempre mergulhado no cinismo e na mágoa, e que um dia possam ainda renovar seus corações na esperança do genuíno e simples Evangelho.

Enquanto isso não acontece, descobriremos ainda que tardiamente, que apenas o tilintar dos sinos não são suficientes para chamar e trazer de volta o fiel.

2 comentários:

  1. "o tilintar dos sinos não são suficientes para chamar e trazer de volta o fiel"

    nem mesmo o belo som da vuvuzela... rsrsrs

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  2. O desigrejamento tem várias razões, mas aqueles que estão se afastando de suas congregações porque não podem compactuar com as coisas erradas de seus líderes, precisam orar com fervor a Deus para não se desviarem caindo em pecado e encontrarem pessoas com propósito semelhante e elevado afim de que possam estar se reunindo e mantendo viva a chama do primeiro amor. Eu creio que a vida em Cristo é um chamado para ser experimentado coletivamente.

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