A imagem do vídeo abaixo é ruim, mas o som está bom; o pior neste vídeo é perceber que brincando e criticando o segmento evangélico, Chico Anysio, prefigurou a nossa tragédia como igreja evangélica brasileira. Na época era mesmo muita sátira, hoje, vemos a mentoria do Tim Tones em nossas igrejas. Observei algumas identificações:
- Uma multidão que celebra o culto à personalidade, cada um quer ser o mais importante neste “reino terreno”, para receber o calor da platéia;
- A maneira descarada de enganar o povo em nome de Deus, e a tentativa de mediar entre o homem e Deus (a cobertura espiritual de Tim Tones);
- O engano da intimidade com Deus, já ouvi de certo “profeta” que Deus ligava para ele no celular e lhe dava recados para a platéia;
- A tirania da “passada da sacolinha” também é mortal;
- A venda dos artigos religiosos, o “aerosol espanta satanás” do Tim Tones tem se multiplicado em nossos dias;
- A prosperidade como “o bem maior”, fica evidente no quadro do Tim, e mais evidente ainda em nossas igrejas;
- A bênção pelo mérito da oferta dispendiosa era a base teológica do Tim, e é a mesma dos “Tins” da vida real.
A história do verdadeiro Tim Jones, que criou uma seita denominada “Templo dos Povos” na selva da Guiana, cujo desfecho final foi o suicido coletivo de mais de 900 pessoas, demonstram em que pode acabar um auditório e um maluco no púlpito.
O Chico Anysio não brincou com a tragédia do Tim Jones, ele brincou com a realidade do povo evangélico brasileiro. Mas se diferente somos daquela tragédia, não é por não termos 900 corpos que sucumbiram com cianureto; pois veneno mais latente, é o veneno da descaracterização do Evangelho, pois, se não há Evangelho, não há boa notícia, e não havendo as boas novas do Evangelho, só nos resta a má notícia: ESTAMOS TODOS ENVENENADO PELO CIANURETO DA MENTORIA DE UM TAL “TIM TONES”, QUE SE TORNOU REALIDADE EM NOSSO MEIO.
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