É comum ouvirmos ou falarmos “se for da vontade de Deus”. Geralmente quando temos algum plano em mente, uma viagem ou uma mudança programada, ou mesmo na hora do vestibular, ou estamos na expectativa de um determinado emprego, ou ainda estamos na iminência de sermos promovidos em nosso trabalho, sempre vem àquela frase religiosamente rezada: “se for da vontade de Deus”.
Estava pensando nesta fala tão usual no meio cristão e tentando entender o que se passa na cabeça ou quem sabe no coração daqueles que a repetem tão credulamente. Estaria eles se lançando inteiramente no grande Decreto de Deus, que tudo cria, governa, e sustenta com seu poder providencial, a ponto de nem uma “folha sequer cair sem sua permissão” ou estão usando o termo bíblico para justificar seus fracassos na vida?
Acredito que na maioria dos casos usamos “foi da vontade de Deus” ou, “não foi da vontade de Deus” para justificarmos biblicamente nosso sucesso ou nosso fracasso. Da mesma maneira aquele santo sacro ditado “entreguei nas mãos de Deus” me soa na maioria das vezes como “dane-se”, “desisto”!
E pra enlouquecer mais ainda vêem aqueles novos pregadores que confirmam o sucesso com a demonstração pública e terrena da fidelidade a Deus [a vontade de Deus se cumpriu], ou atestam o fracasso como obra do “inimigo” [a vontade de Deus não se cumpriu].
Desde que o homem é homem e Deus é Deus o ser humano vive entre o sucesso e o fracasso. As dores e perdas da vida foram justificados pelo mito da Queda. O sucesso foi justificado pelo mito do sacrifício. Foi o medo, diz George Santayana, que primeiro criou os deuses. A fé no sobrenatural é uma aposta desesperada feito pelo homem na mais baixa maré de sua fortuna. O primeiro sentimento com que o homem confronta na realidade é certa animosidade, que se torna cruel para com os fracos e temor e bajulação diante dos poderosos. Basta observar os motivos que a religião atribui a divindade. Receber o melhor bocado, ser lembrado, ser elogiado, ser obedecido cega e pontualmente – tem sido considerados pontos de honra com os deuses, em troca dos quais eles concederiam favores e dariam castigos na mais exorbitante das escalas.
No Cristo, e por sua vontade humana, a Vontade do Pai foi realizada completa e perfeitamente e uma vez por todas. Jesus disse ao entrar neste mundo: "Eis-me aqui, eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10.7). Só Jesus pode dizer: "Faço sempre o que lhe agrada" (Jo 8.29). Na oração de sua agonia, ele consente totalmente com esta vontade: "Não a minha vontade mas a tua seja feita!" (Lc 22.42). É por isso que Jesus "se entregou a si mesmo por nossos pecados, segundo a vontade de Deus" (Gl 1.4). "Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo" (HB 10.10).
Jesus, "embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento" (Hb 5.8). Com maior razão, nós, criaturas e pecadores, que nos tornamos nele filhos adotivos, pedimos ao nosso Pai que una nossa vontade à de seu Filho para realizar sua Vontade, seu plano de salvação para a vida do mundo. Somos radicalmente incapazes de fazê-lo; mas, unidos a Jesus e com a força de seu Espírito Santo, podemos entregar-lhe nossa vontade e decidir-nos a escolher o que seu Filho sempre escolheu: fazer o que agrada ao Pai.
Assim entedemos que viver na vontade de Deus está acima de nossa “vidinha mundana”, tipo “ir a cidade”, “comprar alimentos”, preservar nossos preconceitos culturais, raciais e religiosos (Jo 4.8,27,30-34), é mais que um costume, é uma entrega, é um estilo de vida.
Assim não é justificação nem para ter, nem para não ter. É uma declaração de Ser.
Estava pensando nesta fala tão usual no meio cristão e tentando entender o que se passa na cabeça ou quem sabe no coração daqueles que a repetem tão credulamente. Estaria eles se lançando inteiramente no grande Decreto de Deus, que tudo cria, governa, e sustenta com seu poder providencial, a ponto de nem uma “folha sequer cair sem sua permissão” ou estão usando o termo bíblico para justificar seus fracassos na vida?
Acredito que na maioria dos casos usamos “foi da vontade de Deus” ou, “não foi da vontade de Deus” para justificarmos biblicamente nosso sucesso ou nosso fracasso. Da mesma maneira aquele santo sacro ditado “entreguei nas mãos de Deus” me soa na maioria das vezes como “dane-se”, “desisto”!
E pra enlouquecer mais ainda vêem aqueles novos pregadores que confirmam o sucesso com a demonstração pública e terrena da fidelidade a Deus [a vontade de Deus se cumpriu], ou atestam o fracasso como obra do “inimigo” [a vontade de Deus não se cumpriu].
Desde que o homem é homem e Deus é Deus o ser humano vive entre o sucesso e o fracasso. As dores e perdas da vida foram justificados pelo mito da Queda. O sucesso foi justificado pelo mito do sacrifício. Foi o medo, diz George Santayana, que primeiro criou os deuses. A fé no sobrenatural é uma aposta desesperada feito pelo homem na mais baixa maré de sua fortuna. O primeiro sentimento com que o homem confronta na realidade é certa animosidade, que se torna cruel para com os fracos e temor e bajulação diante dos poderosos. Basta observar os motivos que a religião atribui a divindade. Receber o melhor bocado, ser lembrado, ser elogiado, ser obedecido cega e pontualmente – tem sido considerados pontos de honra com os deuses, em troca dos quais eles concederiam favores e dariam castigos na mais exorbitante das escalas.
No Cristo, e por sua vontade humana, a Vontade do Pai foi realizada completa e perfeitamente e uma vez por todas. Jesus disse ao entrar neste mundo: "Eis-me aqui, eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10.7). Só Jesus pode dizer: "Faço sempre o que lhe agrada" (Jo 8.29). Na oração de sua agonia, ele consente totalmente com esta vontade: "Não a minha vontade mas a tua seja feita!" (Lc 22.42). É por isso que Jesus "se entregou a si mesmo por nossos pecados, segundo a vontade de Deus" (Gl 1.4). "Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo" (HB 10.10).
Jesus, "embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento" (Hb 5.8). Com maior razão, nós, criaturas e pecadores, que nos tornamos nele filhos adotivos, pedimos ao nosso Pai que una nossa vontade à de seu Filho para realizar sua Vontade, seu plano de salvação para a vida do mundo. Somos radicalmente incapazes de fazê-lo; mas, unidos a Jesus e com a força de seu Espírito Santo, podemos entregar-lhe nossa vontade e decidir-nos a escolher o que seu Filho sempre escolheu: fazer o que agrada ao Pai.
Assim entedemos que viver na vontade de Deus está acima de nossa “vidinha mundana”, tipo “ir a cidade”, “comprar alimentos”, preservar nossos preconceitos culturais, raciais e religiosos (Jo 4.8,27,30-34), é mais que um costume, é uma entrega, é um estilo de vida.
Assim não é justificação nem para ter, nem para não ter. É uma declaração de Ser.
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