sexta-feira, 22 de março de 2013

A DIVINA COMÉDIA - ALGUMAS COISAS QUE ME FAZEM RIR E CHORAR NA IGREJA EVANGÉLICA


Que os evangélicos perderam o “fio da meada” isso já é de muito comprovado, mas a infantilidade e o superficialismo que vem tomando conta e esparramando por entre seus lagares é cada dia mais abundante. Observando algumas práticas da igreja evangélica às vezes pela TV ou mesmo ao vivo, presenciado de corpo presente algumas estripulias dos crentes, percebe-se que há duas coisas, primeiro uma falta de bom senso, segundo um engodo tamanho que me parece ter tomado conta não só do rebanho, mas também do pastor.

A unção com óleo, tão restrita textualmente no NT, tem sido a preferência nacional da idiotice oleaginosa dos líderes atuais. Já se unge tudo. Desde a carteira de trabalho até o órgão reprodutor masculino. Encruzilhadas viram pontos estratégicos para derramamento de óleo numa espécie de “despacho evangélico”.

Atos proféticos são outra destas doidices de crentes. Certa pastora entendeu que havia recebido orientação para fazer um ato profético de esfaqueamento de um caixão cheio de pedaços de papéis com os pecados dos crentes, para só então estes desgraçados pecadores verem sua desgraça revertida. Ingenuidade, idiotice, esquizofrenia de crente, seja o que for este teatrinho anula o sacrifício de Cristo.

Orações contrárias é outra superstição dos crentes, que ensinam poder rogar a desgraça e a desventura na vida de seus desafetos, determinando em nome do Senhor o castigo sobre os seus oponentes. Ai daquele chefe de trabalho que perseguir tal crente, do vizinho que perturbar o bom sono deste “filho de deus”, eles correm sério risco de terem seus nomes costurados na “boca do sapo gospel”. De onde estes caras tiraram isso? Como isso chegou entre os que um dia já foram considerados paladinos da verdade do Evangelho?

A cartografia espiritual é outro erro grotesco entre esse grupo. Acreditam que existem determinados locais que estão tomados pelo poder das trevas, e cabe à igreja identificar estes locais e fazer a quebra destas correntes declarando que aquele local, cidade, território é do Senhor Jesus Cristo. Que fácil! Que genial! Que falácia!

Já estão acontecendo no meio evangélico àquelas famosas operações invisíveis que a gente costuma ver em programas sensacionalistas da TV. Coisa que também se presencia em centros espíritas em todo o país. O “profeta” leva uma maca para o culto e fazem-se operações invisíveis nas pessoas. É tudo invisível inclusive o resultado!

E quando olhamos para as diferentes “unções” que tem no picadeiro evangélico? Aí sim que ficamos cheio da “unção do riso”, tamanha a infantilidade. Temos por exemplo a “unção do patrão”, “unção das partes íntimas” das mulheres para não serem mais cobiçadas, dos homens para não nascerem filhos amaldiçoados, “unção da justificação”, “unção de conquista”, “unção dos quatro seres (ou dos animais)”, e tantas outras que aparecem a partir da “unção da criatividade” da liderança evangélica.
Tenho que admitir: A igreja evangélica brasileira existe, está na mídia, cresce, arrebanha multidões.
Mas teimo em perguntar: Mas se ela continuar a existir, o que será nas próximas gerações? E de que será feito as cores da lona que cobrirá esse imenso picadeiro?
Enquanto não se define, eu vou vendo o espetáculo, rindo com a comédia e chorando com o drama, um drama que certamente terminará com todos nós diante do tribunal de Cristo.

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