Que os evangélicos perderam o
“fio da meada” isso já é de muito comprovado, mas a infantilidade e o
superficialismo que vem tomando conta e esparramando por entre seus lagares é
cada dia mais abundante. Observando algumas práticas da igreja evangélica às vezes
pela TV ou mesmo ao vivo, presenciado de corpo presente algumas estripulias dos
crentes, percebe-se que há duas coisas, primeiro uma falta de bom senso,
segundo um engodo tamanho que me parece ter tomado conta não só do rebanho, mas
também do pastor.
A unção com óleo, tão restrita
textualmente no NT, tem sido a preferência nacional da idiotice oleaginosa dos
líderes atuais. Já se unge tudo. Desde a carteira de trabalho até o órgão
reprodutor masculino. Encruzilhadas viram pontos estratégicos para derramamento
de óleo numa espécie de “despacho evangélico”.
Atos proféticos são outra destas
doidices de crentes. Certa pastora entendeu que havia recebido orientação para
fazer um ato profético de esfaqueamento de um caixão cheio de pedaços de papéis
com os pecados dos crentes, para só então estes desgraçados pecadores verem sua
desgraça revertida. Ingenuidade, idiotice, esquizofrenia de crente, seja o que for
este teatrinho anula o sacrifício de Cristo.
Orações contrárias é outra
superstição dos crentes, que ensinam poder rogar a desgraça e a desventura na
vida de seus desafetos, determinando em nome do Senhor o castigo sobre os seus
oponentes. Ai daquele chefe de trabalho que perseguir tal crente, do vizinho
que perturbar o bom sono deste “filho de deus”, eles correm sério risco de
terem seus nomes costurados na “boca do sapo gospel”. De onde estes caras
tiraram isso? Como isso chegou entre os que um dia já foram considerados
paladinos da verdade do Evangelho?
A cartografia espiritual é outro
erro grotesco entre esse grupo. Acreditam que existem determinados locais que
estão tomados pelo poder das trevas, e cabe à igreja identificar estes locais e
fazer a quebra destas correntes declarando que aquele local, cidade, território
é do Senhor Jesus Cristo. Que fácil! Que genial! Que falácia!
Já estão acontecendo no meio
evangélico àquelas famosas operações invisíveis que a gente costuma ver em
programas sensacionalistas da TV. Coisa que também se presencia em centros
espíritas em todo o país. O “profeta” leva uma maca para o culto e fazem-se
operações invisíveis nas pessoas. É tudo invisível inclusive o resultado!
E quando olhamos para as diferentes
“unções” que tem no picadeiro evangélico? Aí sim que ficamos cheio da “unção do
riso”, tamanha a infantilidade. Temos por exemplo a “unção do patrão”, “unção
das partes íntimas” das mulheres para não serem mais cobiçadas, dos homens para
não nascerem filhos amaldiçoados, “unção da justificação”, “unção de
conquista”, “unção dos quatro seres (ou dos animais)”, e tantas outras que
aparecem a partir da “unção da criatividade” da liderança evangélica.
Tenho que admitir: A igreja
evangélica brasileira existe, está na mídia, cresce, arrebanha multidões.
Mas teimo em perguntar: Mas se
ela continuar a existir, o que será nas próximas gerações? E de que será feito
as cores da lona que cobrirá esse imenso picadeiro?
Enquanto não se define, eu vou
vendo o espetáculo, rindo com a comédia e chorando com o drama, um drama que
certamente terminará com todos nós diante do tribunal de Cristo.
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