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segunda-feira, 31 de março de 2014

QUARESMA: TEMPO DE REGRESSO AO SENHOR

O Tempo da Quaresma é o período do ano litúrgico que antecede a Páscoa cristã, sendo celebrado por algumas igrejas cristãs, dentre as quais a Católica a Ortodoxa  a Anglicana , a Luterana.
A expressão Quaresma é originária do latim, quadragesima dies (quadragésimo dia). Em diversas denominações cristãs, o Ciclo Pascal compreende três tempos: preparação, celebração e prolongamento. A Quaresma insere-se no período de preparação.
Os serviços religiosos desse tempo intentam a preparação da comunidade de fiéis para a celebração da festa pascal, que comemora a ressurreição e a vitória de Cristo depois dos seus sofrimentos e morte, conforme narrado nos Evangelhos. Esta preparação é feita através de jejum, abstinência de carne, mortificações, caridade e orações.
Quadragesima, expressão latina típica na liturgia, denomina o período de quarenta dias de preparação para a Páscoa e que alude ao simbolismo do número quarenta com que o Antigo e o Novo Testamento representam os momentos salientes da experiência da  da comunidade judaica e cristã. Em seu simbolismo, este número não significa um tempo cronológico exato, ritmado pela sequência de dias; mas uma representação sociocultural de um período de duração significativa para uma comunidade de crentes.
A ideia dos Quarenta dias é bem marcada no Antigo Testamento, conforme vemos nestes exemplos abaixo relacionados:
1). Na história de Noé (Gênesis 7:4-12 e Gênesis 8:6), durante o dilúvio, é o tempo transcorrido na arca, junto com a sua família e com os animais. Após o dilúvio, passarão mais quarenta dias antes de tocar a terra firme.
2). Na narrativa referente a Moisés, é o tempo de sua permanência no monte Sinai – quarenta dias e quarenta noites – para receber a Lei (Êxodo 24:18). Quarenta anos dura a viagem do povo judeu do Egito para a Terra prometida (Deuteronômio 8:2-4).
3). No Livro dos Juízes, refere-se a quarenta anos de paz de que Israel goza sob os Juízes (Juízes 3:11).
4). O profeta Elias leva quarenta dias para chegar ao monte Horebe, onde se encontra com Deus (I Reis 19:8). Os cidadãos de Nínive fazem penitência durante quarenta dias para obter o perdão de Deus (Jonas 3:4-5).
5). Quarenta anos duraram os reinados de Saul (Atos 13:21), de Davi (II Samuel 5:4-5) e de Salomão (I Reis 11:42), os três primeiros reis de Israel.
6). O simbolismo do número quarenta também está presente em Salmos 95:10, referindo-se aos número de anos que o povo judeu caminhou pelo deserto.
No Novo Testamento não é diferente, lemos que:
1). Jesus foi levado por Maria e José ao Templo, quarenta dias após o seu nascimento, para ser apresentado ao Senhor (Lucas 2:22). Este período de quarenta dias era determinado pela lei judaica, quando uma mulher desse à luz a um filho homem. Foi a soma dos dias para a circuncisão de Jesus, após o parto, mais o período para a purificação de Maria. Só então ela poderia entrar no santuário (Levítico 12:2-4).
2). Jesus, antes de iniciar a sua vida pública, retira-se no deserto por quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber (Mateus 4:2; Marcos 1:13 e Lucas 4:1-2).
3). Durante quarenta dias Jesus ressuscitado instrui os seus discípulos, antes de subir ao Céu e enviar o Espírito Santo (Atos 1:1-3).
O Papa Bento XVI, na Audiência Geral de Catequese, no dia 22 de Fevereiro de 2012, sobre o significado litúrgico dos "quarenta dias da Quaresma", assim definiu:
“Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas.” (1)

(1)  Papa Bento XVI (22 de fevereiro de 2012). Quarta-feira de Cinzas (audiência geral) (em português). Página visitada em 31 de março de 2014.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quaresma

domingo, 20 de outubro de 2013

PERDIDOS E ACHADOS - A HISTÓRIA BÍBLICA DA EXISTÊNCIA HUMANA

Ninguém pode ler as Escrituras sem perceber que suas páginas é um retrato da realidade existencial do ser humano. Logo no início nos deparamos sem muita ciência ou qualquer rigorosidade científica, Moisés, compilando as principais tradições orais dos antigos hebreus, acerca da criação dos céus, da terra, dos animais e tudo o que há na terra, inclusive deixa escrito duas tradições importantes sobre a criação do homem e da mulher.

Mas não fica nisso, ele não se detêm nesta descrição, pois o que ele quer, não é explicar a Criação, mas a Queda da Criação. Ele quer mostrar como a Criação se perdeu. Como foi possível alguém que se havia feito bom, justo e santo, que habitava em lugares de delícias, refrigério, paz e comunhão com o Criador se desprendeu de tal condição e caiu para um vazio, para um estado de depravação e descaracterização da imagem do Criador, indo ter com os "espinhos e abrolhos" desta vida.

E por isso ele usa o capítulo 3 de Gênesis para explicar em alto e bom tom, segundo as narrativas hebréias (existe narrativas de outros povos sobre a Queda), como tudo começou a se perder.

Na personificação do mal, está a serpente, na possibilitadora da Queda está a mulher, que deu ouvido a serpente, e no desfecho final da Queda, está o homem, que cede às novas exigências e toma a decisão de se esconder do Criador.

Envergonhado, despido, cabisbaixo e expulso do paraíso está agora aquele que era a coroa da Criação. Vai embora em busca do nada, n a tentativa de se reencontrar o Caminho da volta, faz-se novos caminhos que no fim é morte. Na plantação de novos sonhos, nada se colhe senão tempestade. Na loucura de seus pensamentos se fundamenta a idolatria, e cada vez mais se distancia do Caminho e da face do Criador. E na proporção que caminha perdido na "noite escura", novas faces do Criador vai surgindo, novos deuses vão sendo inventados e personificados, na tentativa de encontrar aquele que o fez, e um dia com ele falou. Mas o que encontra é apenas uma medida de quão distante está do "Deus desconhecido".

E quando chegamos nas páginas do Evangelho, a mensagem é a mesma: "O homem está perdido". O Cristo, segundo Adão, sabe da real situação da criatura. E por isso estabelece que a luz raiou na "noite escura" do ser humano e aqueles que viviam nas regiões da sombra da morte, raiou uma "grande luz". Na sua missão, define como meta, "buscar e salvar aquele que se havia perdido". Aquele não era somente Zaqueu, mas todos os homens, posto que todos estavam perdidos.Todos os que por uma ato de desobediência de um só, (Adão), agora por um ato de obediência de um só (Jesus Cristo), podem ser reencontrados e trazidos de volta ao coração do Pai - Criador.

O Criador já nos mandou o Achador de perdidos - Jesus Cristo. Todos serão achados por Ele. Pois para isso Ele veio. Como aconteceu com Natanael, antes de ser chamado por Felipe, Cristo já o havia visto, num lugar anterior ao encontro com o Cristo. Não importa onde o ser humano está, Cristo já o viu e já veio ao seu encontro. E certamente veremos o "céu aberto" e o Pai nos chamando dizendo: "Vinde benditos meu...", porque de ninguém mais somos senão do Criador, que nos Fez e nos Encontrou em Cristo Jesus.