quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O AUTOR E OS OBJETOS DA PREDESTINAÇÃO

1. Autor: O decreto da predestinação é “um ato concomitante das três pessoas da Trindade, que são uma só em seu conselho e sua vontade. Mas na economia da salvação, como nos é revelada na Escritura, o ato soberano de predestinação é atribuído mais particularmente ao Pai”.(1) Observe os textos a baixo:


Ø “ Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra...Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus”. (Jo 17.6,9)

Ø “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. (Rm 8.29)

Ø “(pois não tendo os gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),.. foi-lhe dito: O maior servirá o menor... Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú.” (Rm 9.11-13)


Ø “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”. (Ef 1.4)

Ø “E nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade...nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade.” (Ef 1.5,11)

Ø “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.” (1 Pd 1.2)


2. Os objetos: O decreto da predestinação inclui todas as criaturas racionais. Sendo: Todos os homens, bons e maus; Os anjos, bons e maus e Cristo como Mediador. Vamos analisar por parte:

2.1. Todos os homens, bons e maus: Esta predestinação nos é ensinada nas Escrituras, não apenas como grupos, mas também como indivíduos. Os textos a baixos nos leva a esta conclusão. ( At 4.28; Rm 8.29,30: 9.11-13: Ef 1.5,11)

2.2. Todos os anjos, bons e maus: Temos menção na Bíblia de anjos santos (Mc 8.38; Lc 9.26), de anjos ímpios, que não conservaram o seu estado original (2 Pd 2.4: Jd 6), mas também faz menção de anjos eleitos em 1 Tm 5.21: “Conjuro-te diante de Deus, e de Cristo Jesus, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo com parcialidade.” Como podemos conceber a predestinação dos anjos ? Os Batistas deste 1689 já criam na predestinação tanto dos homens, quanto dos anjos. Na Confissão Batista de Londres lemos: “Pelo decreto, e para manifestação da glória de Deus, alguns homens e alguns anjos são predestinados (ou preordenados) para a vida eterna através de Jesus Cristo,7 para louvor da sua graça gloriosa.8 Os demais são deixados em seu pecado, agindo para sua própria e justa condenação; e isto para louvor da justiça gloriosa de Deus. Os anjos e homens predestinados (ou preordenados) estão designados de forma particular e imutável, e o seu número é tão certo e definido que não pode ser aumentado ou diminuído.” (2)
A). O que vem significar esta predestinação dos anjos ?
1. Para alguns, significa simplesmente que Deus determinou de modo geral que os anjos que permanecessem santos seriam confirmados num estado de bem-aventurança, ao passo que os demais estariam perdidos. Tal idéia não harmoniza com a visão bíblica da predestinação.
2. A verdade é que Deus, decretou dar a um certo número de anjos, uma grande capacidade para permanecerem santos, uma graça especial da perseverança; e privar desta graça os demais.

B). A diferença da predestinação dos homens e dos anjos: Quanto a predestinação dos homens, Deus escolheu certo números de homens dentre a multidão dos caídos. Enquanto que na predestinação dos anjos, Deus não esperou a queda deles para depois escolher os eleitos. Também os homens foram eleitos ou predestinados tendo Cristo como Mediador, ao passo que os anjos foram eleitos ou predestinados tendo Cristo como Chefe, isto é, para estarem em relação ministerial com ele.

2.3. Cristo predestinado como Mediador: Ele é objeto da predestinação nos seguintes sentidos:

A). Havia um amor especial do Pai, distinto do seu amor usual ao Filho, desde toda eternidade.

· “Qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós.” ( 1 Pd 1.20)

· “e, chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa.” ( 1 Pd 2.4)

B). Ele como Mediador era objeto do beneplácito de Deus. ( Leia 1 Pd 2.4)

C). Ainda como Mediador ele foi adornado coma imagem especial de Deus, à qual os crentes devem conformar-se.

· “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. (Rm 8.29)

D). O reino em toda a sua glória foram ordenados a Ele, para que ele os passe aos crentes.

· “E assim como meu Pai me conferiu domínio, eu vo-lo confiro a vós.” ( Lc 22.29)

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